Translate

terça-feira, 2 de abril de 2013

Maria Farrapo

Maria Farrapo


As Farrapos trabalham junto com as Molambos e fazem parte da mesma hierarquia, ou seja: falange Maria Molambo. É comum vermos Maria Farrapo apresentando-se à incorporação nos pontos de Maria Molambo.

Isso ocorre com frequência e pelos seguintes motivos:

Pertencem a mesma falange
poucos Terreiros cantam pontos de Maria Farrapo
Maria Farrapo trabalha mais no Astral que incorporada
Muitas vezes, incorpora apenas para descarregar o médium

Uma característica marcante das Farrapos é a ironia e a irreverência. Diretas e objetivas, costumam ir direto ao “ponto”, o que pode surpreender médiuns e consulentes.

Ao contrário do que alguns imaginam, são Pombas Giras muito sérias, competentes, determinadas e fiéis. São as Guardiãs da falange Maria Molambo responsáveis pelas cobranças cármicas e retorno de demandas, excelentes e precisas em suas execuções.

A compreensão do médium é muito importante para a manifestação da entidade. É preciso entender que a energia de Maria Farrapo é intensa e que ela trabalha situações que envolvem a necessidade de uma roupagem fluídica tipo Flagelos de Deus Executoras.

Promovem encontros cármicos, estimulam circunstâncias de provas, favorecen todos os ajustes necessários ao aprendizado e crescimento.

Quando uma Molambo recebe um pedido, sempre terá uma Farrapo trabalhando junto.

Esse turbilhão energético dificulta o entendimento do médium de quem seja, ou como seja a apresentação de uma Maria Farrapo. Daí muitos médiuns comportarem-se como se a entidade estivesse bêbada, ríspida ou desajeitada.

Não é nada fácil trabalhar com uma Farrapo, mas com certeza é uma missão que exige um grande autoconhecimento por parte do médium e um treino afinado de sintonia com sua Guardiã.

Conhecê-la é fundamental, saber como a entidade conduz as situações, seu temperamento, modo de agir e pensar. Após o conhecimento e sintonia, é muito gratificante ser médium de uma Maria Farrapo[bb]. Uma amiga fiel e para todas as horas.

Caminhos

Maria Farrapo do Cemitério
Maria Farrapo do Cruzeiro
Maria Farrapo do Cruzeiro das Almas
Maria Farrapo das Almas
Maria Farrapo da Calunga
Maria Farrapo das Encruzilhadas
Maria Farrapo das Sete Catacumbas
Maria Farrapo da Estrada
...

Pontos Cantados

Pombo Gira Maria Farrapo,

De bar em bar,

Vem chegando na umbanda,

Bebendo cachaça,

Ela vem vencer demanda !

Foi mulher da vida,

Tem história pra contar,

Saravá Maria Farrapo !

Iná, iná mo jubá !


Estou sempre caminhando,

vendo sempre muita dor.

Vejo almas que se perdem,

sem ouvir seu protetor.



Filho de fé,

não escute a voz do mal.

Vence aquele que resiste,

com consciência e moral.



Sou Maria Farrapo,

e minha falange tem poder.

Sou amiga da justiça,

e não me deixo corromper.


Maria Navalha, eu preciso de auxílio.

Minha vida tá difícil e prá lá de enrolada.

Tô sem paz e afundando em desvario.

o que me é difícil, para ti é gargalhada.



Me ensina o caminho da vitória,

me ajuda dar a volta da guinada.

Quero prá mim uma nova história,

mais bonita de ser contada.


Quando a demanda é certa

É a ela quem chamamos

Sua força nos empresta

e essa briga, já ganhamos



Seu nome é Maria Navalha

Soberana da boemia

Vence qualquer batalha

Sem perder a alegria.


Maria Farrapo,

no terreiro te chamamos.

Firma teu ponto,

que tua força precisamos.



Vem trabalhar o teu mistério,

aplicar a lei de Umbanda.

Desfazer o mal entendido,

e mostrar quem é que manda.



Da Calunga à Encruzilhada,

do Cruzeiro ao Cabaré

Vem Maria Farrapo,

concedendo seu axé.


Maria Farrapo vai embora,

levando o mal que aqui havia.

Vai girando mundo afora,

desfazendo a hipocrisia.

Maria das Rosas

MARIA Das ROSA

Maria Rosa é uma pomba-gira que trabalha na linha das almas, mais também recebe suas oferendas em cruzeiros de pomba-giras. Trabalha para o amor e tudo que estiver envolvido neste sentido, sendo para união, castigo ou dano. Deve se ter muito cuidado para o que se pede para esta gira, pois ela trabalha da linha de Obá, e é vulgarmente conhecida como Maria Navalhada. Nunca tente pedir um companheiro(a) para esta entidade se este for casado, pois ela trabalha com as navalhas de baixo da sua saia e você é quem sairá sofrendo neste dano, pois ela não entrega quem cobiça homem casado. Agora se quiser alguém solteiro e que este não esta lhe dando bola... seus trabalhos são infalíveis e pode apostar que o que pedir terá! basta ter fé no poder desta maravilhosa entidade

"venho do cruzeiro da calunga, na minha cabeça tenho obá, sou mulher das navalhas quem brinca comigo pode se ferrar!"

Sr.Marabô

(Put Satanakia) - Apresenta-se falando pausadamente e com uma delicadeza extrema. Gosta de usar cobre em seus assentamentos. Possui um porte ereto e elegante. Astralmente se veste vermelho. Trabalha na linha negativa de Oxossi serventia do Caboclo Arranca-Toco.

O Sr. Marabô tem sua legião trabalhando no corte de trabalhos de magia negra. Sua poderosa legião também atua no corte de trabalhos ou correntes negativas em pessoas que sintam-se atingidas por espíritos perturbadores - quiumbas, promovem descargas em pessoas atingidas por despeitos com repercussão no emocional (queda de posição financeira, desemprego etc.), cortam demandas de saúde física e mental e descarga nos filhos de Oxossi.

Caminhos

Marabô das Sete Encruzilhadas
Marabô do Cruzeiro
Marabô das Almas
Marabô Toquinho
Marabô Cigano
Marabô das Matas
Marabô da Calunga

Características
Bebida bebidas finas
Fuma finos charutos
Guia Vermelha e Preta
Lugar encruzilhadas de ferro (trilho de trem).
Metal Cobre
Mineral Quartzo Azul Escuro
Planta Mamona
Vela pretas, vermelhas e pretas

Pontos Cantados

EXU EXU Exú Marabô

Dentro de uma casa velha aonde mora a escuridão Exú

um homem sempre passava com o seu chapéu na mão Exú

quem tem asa sempre voa quem tem pé sempre caminha

eu nao saio a luz do dia não mas a noite sempre é minha Exú

Na porteira da calunga eu vi os exús de marabô 2X


Procure aprender

Este dito popular

Devagar se vai longe

Quem espera sempre alcança

Num toque de alegria

O doce sabor que contagia

Quem tem amor

Pode até compartilhar

E quem não tem

Com certeza vai achar

O teu medo de perder

Não se deixa vencer

Não é razão

Mas é a vontade

De mudar a situação

Não tenho luxo

E nem tenho riqueza

Só amor e sabedoria

E sei até falar francês

Sou exu Marabô

E pra você eu sou doutor

História

O reino estava desolado pela súbita doença que acometera a rainha. Dia após dia, a soberana definhava sobre a cama e nada mais parecia haver que pudesse ser feito para restituir-lhe a saúde. O rei, totalmente apaixonado pela mulher, já tentara de tudo, gastara vultosas somas pagando longas viagens para os médicos dos recantos mais longínquos e nenhum deles fora capaz sequer de descobrir qual era a enfermidade que roubava a vida da jovem. Um dia, sentado cabisbaixo na sala do trono, foi informado que havia um negro querendo falar com ele sobre a doença fatídica que rondava o palácio. Apesar de totalmente incrédulo quanto a novidades sobre o caso pediu que o trouxessem à sua presença. Ficou impressionado com o porte do homem que se apresentou. Negro, muito alto e forte, vestia trajes nada apropriados para uma audiência real, apenas uma espécie de toalha negra envolta nos quadris e um colar de ossos de animais ao pescoço. - Meu nome é Perostino majestade. E sei qual o mal atinge nossa rainha. Leve-me até ela e a curarei. A dúvida envolveu o monarca em pensamentos desordenados. Como um homem que tinha toda a aparência de um feiticeiro ou rezador ou fosse lá o que fosse iria conseguir o que os mais graduados médicos não conseguiram? Mas o desejo de ver sua amada curada foi maior que o preconceito e o negro foi levado ao quarto real. Durante três dias e três noites permaneceu no quarto pedindo ervas, pedras, animais e toda espécie de materiais naturais. Todos no palácio julgavam isso uma loucura. Como o rei podia expor sua mulher a um tratamento claramente rudimentar como aquele? No entanto, no quarto dia, a rainha levantou-se e saiu a passear pelos gramados como se nada houvesse acontecido. O casal ficou tão feliz pelo milagre acontecido que fizeram de Perostino um homem rico e todos os casos de doença no palácio a partir daí eram encaminhados a ele que a todos curava. Sua fama correu pelo reino e o negro tornou-se uma espécie de amuleto para os reis. Logo surgiram comentários que ele seria um primeiro ministro que agradaria a todos, apesar de sua cor e origem, que ninguém conhecia. Ao tomar conhecimento desse fato o rei indignou-se, ele tinha muita gratidão pelo homem, mas torná-lo autoridade? Isso nunca! Chamou-o a sua presença e pediu que ele se retirasse do palácio, pois já não era mais necessário ali. O ódio tomou conta da alma de Perostino e imediatamente começou a arquitetar um plano. Disse humildemente que iria embora, mas que gostaria de participar de um último jantar com a família real. Contente por haver conseguido se livrar do incomodo, o rei aceitou o trato e marcou o jantar para aquela mesma noite. Sem que ninguém percebesse, Perostino colocou um veneno fortíssimo na comida que seria servida e, durante o jantar, os reis caíram mortos sobre a mesa sob o olhar malévolo de seu algoz. Sabendo que seu crime seria descoberto fugiu embrenhando-se nas matas. Arrependeu-se muito quando caiu em si, mas seus últimos dias foram pesados e duros pela dor da consciência que lhe pesava. Um ano depois dos acontecimentos aqui narrados deixou o corpo carnal vitimado por uma doença que lhe cobriu de feridas. Muitos anos foram necessários para que seu espírito encontra-se o caminho a qual se dedica até hoje. Depois de muito aprendizado foi encaminhado para uma das linhas de trabalho do Exu Marabô e até hoje, quando em terra, aprecia as bebidas finas e o luxo ao qual foi acostumado naquele reino distante. Tornou-se um espírito sério e compenetrado que a todos atende com atenção e respeito. Saravá o Sr. Marabô!

Dona Rosa Caveira.

Rosa Caveira..
Não olhe para mim como uma mulher sensual, que ri e se diverte bebendo champanhe.

Não olhe para mim como uma mulher de muitos homens que favorece seus caprichos e esconde sua verdadeira intenção.

Não olhe para mim como uma cúmplice de seus desequilíbrios e testemunha de sua ignorância quando atentas contra a Lei Maior.

Não olhe para mim pensando que eu venho a pular de alegria com o seu ego, quando eu venho é para trabalhar.

Não olhe para mim como uma mulher de palavras ruins, quando sua boca é dominada por emoções que não sabes enfrentar.

Não me veja como um espírito feminino que gosta de se vestir de mil cores, porque eu não me importo com aparências, sou o que sou.

Não confunda o seu entusiasmo em querer chamar a atenção com a minha personalidade.

Não olhe para mim à procura de pretextos para atrair alguém que lhe interessa, não estou para brincadeiras sexuais travestidos de suposta sensualidade.

Não olhe para mim com a cara de fome, oferecendo sacrifícios de animais em troca de favores efêmeros e infantis. Não bebo sangue, o animal não me interessa, não sou das trevas, sou da luz trabalhando para Deus na escuridão…

Não olhe para mim pensando que sua loucura e descontrole ao incorporar é a minha suposta manifestação. Aprenda que é você o responsável por obter manter suas emoções ocultas no dia-a-dia.

Não olhe para mim supondo que eu vim para mostrar minha beleza. Eu não sou uma boneca de pano para a qual você pode vestir como quiser. Eu vim para trabalhar, não para competir contra estupidez.

Não olhe para mim como um produto que você vende para os iludidos, procurando tirar dinheiro de seus caprichos, desespero e desequilíbrios. Eu sou um instrumento divino, que não tem valor monetário. Faço caridade, não negócios.

Não olhe para mim como uma ex-prostituta, ou uma mulher de má fé. Sou um ser que trabalha nas trevas, a favor de Deus, pois assim ele desejou, não pelo que eu fui.

Não olhe para uma Pombagira supodo ser uma mulher de Exu, e que tem um filho que se chama Exu Mirim. Somos mistérios separados trabalhando pelo bem da humanidade.

Não olhe para uma Pombagira como um espírito que depende de sangue, de bebida, anéis, braceletes, vestidos, maquiagem, perfume, sapatos, etc, etc… Não sou marionete de teu ego, nem de tua mediocridade. Não vim para adornar seu corpo, como se você fosse um manequim. Estou aqui para demonstrar a simplicidade e determinação do Criador em suas ações.

Não olhe para uma Pombagira como uma degustação de milagres baratos que se pagam com lágrimas e gritos de animais sangrado entre falsos centros e falsos espíritos… O melhor milagre é que despertes do sonho do carnaval profano que chamam de gira ou sessão, e se volte para a realidade onde a Lei Maior e a Justiça Divina trabalham a favor da humanidade.

Pombagira é um instrumento de Deus, um mistério que executa as ações da Justiça Divina.

Pombagira não é o escândalo que se veem nas manifestações de alguns médiuns ególatras mergulhados na ilusão

Pombagira vai além da aparência. Estende-se à vontade do ser humano, à vontade do Criador, no estimulo da evolução, da expansão de consciência, da maturidade mental e emocional…

Pombagira transita pelas trevas lutando contra seres que perturbam a Luz.

Pombagira merece respeito, por isso venho hoje passar essa mensagem. Para que pares, reflitas e olhe ao seu redor e pergunte:

O que você faz com a sua Fé? Um circo de ignorância ou uma demonstração de respeito pela religião?
Sou Dona Rosa Caveira e não uma Puta !

Cabloco Sete Cachoeiras

Caboclo da linha de Xangô, uma entidade muito séria não tolera brincadeiras, falta de respeito e injustiças. Seu ponto de firmeza é nas cachoeiras, atua na linha de justiça, onde protege e ajuda os injustiçados e os inocentes, faz cumprir a lei divina da causa e efeito. Diz que se um filho esta sendo injustiçado, a justiça divina o ampara e não falha, da mesma forma ao contrário, implacavelmente a justiça divina será feita e a pedreira de Xangô cairá sobre ele.

Características
Arma pedras, uma machadinha de pedra, ponteiros marrom
Bebida Cerveja Preta
Fuma charutos
Indumentária Cocar de penas de cores variadas

Pontos Cantados

Ele vem de longe

da cidade da Jurema

Ele vem de longe

da cidade da Jurema

Ele é sete cachoeiras

e vem com ordem suprema


Ele vem de longe

Da cidade da Jurema

Ele é Sete Cachoeiras

E vem com ordem suprema


Xangô de ouro e ouro ô

Xangô me coroou

Filhos de pemba, a Umbanda chora

É Xangô que já vai embora

A Umbanda gira, gira, girê

A Umbanda gira, gira, gira, girá