Seus gestos são doces, são maternos, não correspondem em nada com a cigana que conhecemos que aplaudimos quando numa dança que nos encanta com seu charme, seu poder de sedução, ela é mais que simplesmente uma mulher de força, essa é uma cigana diferente que quando se encontra do nosso lado nos faz sentir bonitos, leves, livres, é como se nosso corpo flutuasse, não sentimos nossos desejos aflorarem na pele, eles simplesmente nos pertencem, eles se irradiam, são puros, autênticos, estranhos, são nossos, nos completam, não precisamos de nada e ninguém, somente da unidade da qual fazemos parte.
Suas vestem brancas, fluidas ao vento, escondem sua beleza, mas o punhal dourado em sua cintura mostra o poder que só a ela pertence, seu rosto coberto esconde longos cabelos negros cacheados e uma linda rosa vermelha que mantém seu cabelo jogado para o lado deixando seu lindo rosto a mostra, seus olhos verdes esmeralda brilham, sua pele morena sobressai das roupas brancas tão alvas que nem a areia do deserto as esconde. Ela sorri e diz seu nome: Cigana Rosa do Deserto, uma das muitas partes do meu ser.
Por William Dias.
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