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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ciganos na Umbanda


Ao longo do tempo, após sua chegada à Europa, os ciganos foram acusados de toda
espécie de crime pelas populações sedentárias, que não entendiam como um povo poderia viver com tanta liberdade, sem apego a uma terra determinada.
Além disso, da admiração inicial, fomentada, principalmente pelos líderes religiosos,
iniciando-se pelo Arcebispo de Paris, quem primeiro ligou os ciganos à bruxaria, os
ciganos passaram a ser vistos como verdadeiros inimigos da fé cristã, que contra eles
lançou um processo sistemático de perseguição e destruição.
As lendas que ligam os ciganos aos sofrimentos da Sagrada Família, da morte das
crianças em Belém, da traição de Judas e do roubo do quarto cravo foram criadas com o
fim específico de jogar contra esse povo a ira cristã, já que essas lendas não resistem à
mais superficial análise histórica, tratada com a seriedade com que foi elaborada a
pesquisa lingüística que determinou a origem desse povo.
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Assim, além dessas lendas infames e destinadas a desacreditar os ciganos, outras
acusações foram sendo acrescentadas. Bruxaria, feitiçaria, canibalismo e outras barbaridades foram atribuídas aos ciganos, enquanto eram sistemática e metodicamente
perseguidos.
Esse comportamento ainda hoje persiste. Os ciganos ainda são relacionados a tudo de
ruim que possa acontecer numa comunidade e sua chegada muitas vezes é motivo de
reações até violentas da parte de cidadãos menos esclarecidos.
Associam-nos ainda a roubos, desastres naturais, como ventanias e tempestades, além
de toda sorte de trapaças e falsificações.
Na raiz de tudo isso encontra-se o fato inegável de que ciganos e gadjos têm modos
diferentes de encarar a vida. A ignorância é a principal causa desse tratamento dispensado pelos sedentários aos ciganos, pois não conseguem compreender esse estilo de vida.

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